segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

"O mundo precisa de anjos"




Veio ao mundo, já o mundo estava em festa. Gabriela Amorim é a primeira criança a nascer em 2009 no Hospital Pedro Hispano.
No dia 1 de Janeiro, pelas 08h05, nascia uma menina com 3,210 kg e 49 centímetros de comprimento.
Cláudia Costa, de 34 anos, e Gonçalo Amorim, de 35, são os dois pais babados. Apesar de trabalharem em Lisboa e de residirem em Santarém, Cláudia e Gonçalo vieram passar a quadra natalícia a Matosinhos, de onde são naturais, com a família.
“A Gabriela nasceu com 39 semanas e quatro dias. As probabilidades de nascer cá eram muito grandes. Viemos já preparados. A mala já estava feita desde Santarém”, salienta Cláudia.
Às três horas e quarenta minutos do dia 31 de Dezembro, Cláudia não aguentou as dores das contracções e deu entrada no Hospital Pedro Hispano. O parto foi normal e sem epidural, “por opção” como fez questão de frisar.
O sexo do bebé foi uma surpresa, até porque os pais resistiram sempre à curiosidade de saber mais cedo, durante as ecografias, se iriam ter um menino ou uma menina. “Só soubemos o sexo do bebé à nascença, para não criarmos demasiadas expectativas”, conta Gonçalo, que assistiu ao parto da esposa.
“A expectativa é muito grande. É o dever de dar à luz”, diz Cláudia. “É um momento muito feliz. Não me apetecia passar a noite aqui. Preferia estar em casa na Passagem de Ano, mas foi a melhor maneira de entrar em 2009. Terminou uma fase e começa outra”, confessa Gonçalo.
Gabriela é a irmã mais nova de Rafaela, uma menina de três anos e meio, que também nasceu no Hospital Pedro Hispano.
“Já tinha assistido ao outro parto. Faço questão de estar a apoiar. Chorei muito. Fiquei todo a tremer. Estava muito emocionado. O esforço da mãe…Estava a respirar com a mãe. Sente-se um bocado impotente. Quando tivemos a primeira filha, a primeira preocupação foi saber se a mãe estava bem. Agora, as atenções estão focadas no bebé e em saber se estava bem”, explica Gonçalo.
Para a pequena Rafaela, um novo bebé em casa significa que as atenções dos pais terão agora que se repartir por duas meninas. “Já começamos a preparar a Rafaela para aceitar a irmã, para não se sentir rejeitada. Ela ficou toda satisfeita quando viu a irmã”, revela o pai.
A escolha do nome para a pequenina Gabriela não foi fácil. O pai preferia Gisela. A mãe gostava de Rafaela, mas o nome já tinha sido dado à filha mais velha. “Chegou-se um consenso e ficou Gabriela”, esclareceu a mãe.
Gabriela é nome de anjo, tal como Rafaela. “O mundo precisa de anjos”, desabafa Cláudia.

by Dulce Salvador in "Matosinhos Hoje" (07-01-2009)

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