quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Carnaval orgulhosamente parolo!



Uma das tradições familiares que se tem mantido ao longo dos anos é, curiosamente, o Carnaval. Aliás, ainda hoje "brincamos" ao Carnaval "à madeira antiga", ou seja, mascaramo-nos com o que temos em casa: roupas antigas, perucas, máscaras ou panos de renda, barrigas almofadadas...tudo serve para esconder a nossa verdadeira identidade,
É tradição, no dia de Carnaval, aproveitarmos o que resta do Entrudo até à meia-noite. Desde pequena que me lembro de irmos em grupo até à Associação Cultural e Recreativa Guerra Junqueiro, em Lavra. Mesmo quando a sede desta colectividade mudou de instalações continuamos a ir, com a agravante de que...começaram a cobrar entrada...primeiro um euro, depois dois euros, agora estão nos 2,50...
O que mais tem piada é dançar, fazer cenas, pegar com toda a gente...e sair antes da meia-noite! Sim, porque a piada está em nunca ser desmascarado!
Gosto de ver o ar desconfiado das pessoas que olham para os nossos pés, pescoço e braços para ver se somos homens ou mulheres...
A música é do mais pimba que há! Desde o Popularíssimo Mix aos El Chato...a variedade era coisa que não havia, de facto! O D.J. não devia comprar cd's novos desde 1988...Mas o que nós queríamos era dar ao pé! Nos últimos dois anos, no entanto, o Carnaval passou a ser animado por um "cantor de casamentos". Demora uma eternidade a acertar nas músicas, origina intermináveis tempos mortos...e, de vez em quando, lá arranca qualquer coisa que faz mexer!! Quando saímos e tiramos as máscaras no carro, apercebo-nos do quanto transpiramos! Apesar do cansaço nos pés e de ter que trabalhar no dia a seguir, vale a pena. Para o ano há mais! Enquanto houver gente, haverá sempre Carnaval!

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